quarta-feira, 20 de outubro de 2010

OECD Economic Surveys: Portugal 2010

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) lançou, no mês de Setembro, o relatório "OECD Economic Surveys: Portugal 2010", centrado nas linhas de acção que devem ser tomadas pelo nosso país, tendo em vista o relançamento da economia, baseado num crescimento sustentável.
No capítulo dedicado às prioridades políticas que visam restaurar o crescimento da produtividade, é destacada a importância da formação vocacional enquanto instrumento essencial de diversificação do ensino secundário e da educação de adultos em Portugal, sendo relevado o investimento que tem sido realizado no nosso país através das reformas introduzidas com a Iniciativa Novas Oportunidades.
De acordo com este relatório, "os programas de educação e formação profissional têm sido implementados com resultados encorajadores. Verificou-se um aumento de 24 pontos percentuais no envolvimento dos jovens em cursos profissionalizantes de nível secundário de educação", com reconhecidos benefícios do ponto de vista da prevenção do abandono escolar. O relatório refere ainda a existência de mais de 120 cursos profissionalizantes diferentes em Portugal, apontando para a necessidade destas reformas serem agora complementadas com programas ou iniciativas ao nível da orientação vocacional e da carreira.
Para além destas medidas que se inserem no eixo jovens da Iniciativa Novas Oportunidades, são ainda focados neste mesmo relatório os progressos alcançados junto do público adulto. A este respeito é, por exemplo, referenciado que "desde 2007, mais de um milhão de candidatos se envolveu no eixo adultos, através dos Centros Novas Oportunidades, 63% dos quais se encontram empregados e 33% desempregados. Trata-se de uma experiência única a este nível". Como complemento do que foi alcançado com estas estratégias, a OCDE recomenda a Portugal o reforço das parcerias que tem vindo a estabelecer, envolvendo centros de formação profissional, parceiros sociais, municípios e autarquias e empresas. Portugal deverá ainda apostar na flexibilização da aprendizagem, criando soluções em part-time ou a distância que sejam compatíveis com o dia-a-dia da vida adulta.
No que respeita à educação, o relatório debruça-se ainda sobre o alargamento da escolaridade obrigatória (de 15 para os 18 anos), fruto de uma alteração legislativa recente, e sobre a necessidade de Portugal apetrechar os docentes com instrumentos que lhes permitam melhorar as suas competências e os seus métodos de ensino.

in Newsletter ANQ Outubro 2010

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