quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Um exercício de consciência

Na sua edição de 19 de Agosto, o jornal ipublicou uma notícia sobre a Iniciativa Novas Oportunidades intitulada "Certificados do 12º ano vendidos na Internet por 400 euros", que podem consultar e comentar aqui.

Ainda que a notícia veicule não verdades, prontamente esclarecidas pela Agência Nacional para a Qualificação, Agência que regula os Centros Novas Oportunidades e cujo esclarecimento juntamos, a mesma deve fazer-nos reflectir sobre a nossa conduta e consciência, pois cada um de nós faz a diferença e dá o exemplo.

Não é por acaso que, por vezes em tom de desabafo, ouvimos dizer que somos exigentes; esta notícia vem reforçar a nossa exigência (que alguns considerarão sempre demasiada) e sublinhar as nossas orientações para utilizarem a Internet ou outras fontes apenas como meio de aprendizagem e não de plágio.

Apraz-nos poder dizer que acompanhamos e certificamos bons exemplos de conduta e consciência.

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"ESCLARECIMENTO DA ANQ

O rigor e verdade que as Novas Oportunidades merecem

Na sua edição do dia 19 de Agosto de 2010 o Jornal i apresenta na primeira página o seguinte título: “Certificados do 12º ano vendidos na internet por 400 euros”.

Mais do que bombástica, a notícia é falsa. Aliás, é desmentida no próprio jornal, cujo artigo refere a compra de portfolios reflexivos de aprendizagem, isto é, de trabalhos, o que é radicalmente diferente. Uma coisa é tentar vender um trabalho e outra é vender-se um certificado. O primeiro é sujeito a um processo de análise aprofundada pelos formadores e pelos Júris, o qual permite detectar qualquer tentativa de fraude e impede, de facto, o acesso ao certificado, se o trabalho for “falso”.

O certificado só é atribuído após um processo prolongado de escrutínio com vista a reconhecer e validar as competências possuídas.

A Agência Nacional para a Qualificação (ANQ) detectou, há alguns anos atrás, a existência de um mercado ilegal de venda de trabalhos, que constitui burla. Por isso foi a própria ANQ a denunciar os casos de que teve conhecimento ao Ministério Público.

O que o Jornal i faz é um trabalho supostamente jornalístico, fugindo à verdade, dizendo meias verdades e deixando no ar suspeitas infundadas.

Ao contrário do que diz o jornal, nas visitas de acompanhamento dos Centros Novas Oportunidades realizadas pela ANQ, não se detectou a “existência de alunos certificados com trabalhos retirados integralmente da internet”. Apenas se detectou nalguns portfolios reflexivos de aprendizagem, de muitas centenas de páginas, alguns pequenos textos retirados da internet. Com as devidas citações e referências. Não se trata, portanto, de qualquer tentativa ilícita de obtenção de diplomas. Trata-se porém de uma prática a corrigir e que deu origem a orientações nesse sentido.

O número de casos detectados é irrelevante. Dizer, como diz a jornalista, que “Porém, o universo é suficientemente vasto para ter justificado o envio da nota de orientação aos Centros Novas Oportunidades” é um abuso e uma mistificação que não colam bem com a ética da verdade e do rigor que deveria pautar todo o trabalho jornalístico.

Tal como o são dizer-se que foram detectados “dezenas de casos…”, para depois se afirmar que não existem números, mas que serão grandes, porque caso contrário não existiria a orientação para evitar que um erro seja cometido.

Deve acrescentar-se que as orientações que a jornalista refere foram divulgadas através de e-mail a toda a rede de Centros Novas Oportunidades. Da internet foram retirados os valores de todas as campanhas de mobilização e divulgação da Iniciativa Novas Oportunidades realizadas pela ANQ. A prática da ANQ é transparente."

1 comentário:

  1. Neste país sempre existiu fraudes e fraudulentos, disso não existem duvidas!
    acredito que apareçam alguns "chicos espertos" a vender textos para completar, efectuar, ou mesmo melhorar trabalhos para serem submetidos a júri.
    Sei da exigência que o centro da CNO ACIFF , colocou aos candidatos e sei que outros centros foram ou são conhecidos pela maior facilidade colocada neste "projecto pessoal " , chamamos-lhe assim porque foi assim que eu expliquei a um conhecido meu que me solicitou algumas partes do meu trabalho, para completar o dele. Não lhe forneci nada porque lhe disse que era um projecto pessoal, muito particular da minha vida privada e profissional , só servia para mim.

    Aqui , neste caso do jornal i, estamos nitidamente perante um jornalismo de perseguição politica a um Governo que muito bem, com este programa colocou cerca de um milhão e tantos Portugueses a aprenderem algo e a obterem um certificado de equivalencia ao 12º ano ( também aqui eu lhe chamo equivalencia, não concordo completamente que seja o mesmo do 12º ano via escola com todos os anos de estudo). Este jornalismo determinado em derrubar e achincalhar o Governo, aqui como noutras noticias idênticas tenta desenfreadamente fazer deste programa ou de outra coisa qualquer que José Sócrates faça de bem e coloca a noticia com omissões para que o simples cidadão leia apenas as "gordas" e fique logo com a sensação que tudo é uma "treta" sem qualquer valor.
    Infelizmente é ainda muito do que temos em Portugal, mas aos poucos tenho fé que vá mudando.

    Os meus cumprimentos
    Carlos Ribeiro

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